sábado, 24 de novembro de 2018

O que é a Hipnose Transpessoal?

O conceito de hipnose e as diversas tentativas de explicar o processo que decorre numa sessão de Hipnose variam desde a antiguidade, tendo sofrido alterações até à actualidade. Quando a Hipnose é integrada na Psicologia dá-se início ao processo de a “cientificar”, retirando-lhe algum misticismo ao qual sempre esteve associada.
Foram vários os Psicólogos que validaram a Hipnose como uma ferramenta muito útil na Psicologia.
Através de sugestões hipnóticas consegue-se conduzir o paciente a estados ampliados de consciência.
Neste estado ampliado de consciência o paciente acede a um conjunto de informação que está arquivada no seu subconsciente, tendo a possibilidade de alterar ou introduzir nova informação no seu Subconsciente, de modo a atingir o próprio objectivo da terapia e o que se predispõe a alcançar.

 

É por este motivo que a Hipnose é um procedimento terapêutico altamente eficaz que permite a verificação de resultados com muita rapidez.
 

Na realidade, através da Hipnose, desencadeia-se um processo interno, que podemos classificar como de auto-cura, pelo que, em rigor, considero que a hipnose não existe, o que existe é autohipnose, sob condução do Hipnoterapeuta.
Assim, podemos dizer que a Hipnose propriamente não existe, o que existe é auto-hipnose, no sentido em que é o paciente que se permite entrar em estados ampliados de consciência através das sugestões do terapeuta. Estas sugestões são, tal como o nome indica, tão somente sugestões só sendo aceites e interiorizadas pelo paciente se esta for a sua vontade e se com elas se identificar
no seu processo de auto-cura.

 

É neste aspecto que Freud, que defendia que nem todos os os indivíduos eram “hipnotizáveis”, não tinha razão. Todos somos susceptíveis à hipnose, uns têm é mais dificuldades que outros a deixar-se levar para estados ampliados de consciência para trabalhar em si próprio.
Porque se trata precisamente de um processo de auto-hipnose só não entra num estado ampliado de consciência quem não se permite a isso, quer seja por crenças, preconceitos, dúvidas ou falta de informação, pelo que, é muito importante que o hipnoterapeuta utilize a técnica e a linguagem adequadas a cada paciente.
Tratando-se de um processo de auto-hipnose é uma terapia altamente segura, sendo necessário contrariar algumas ideias preconcebidas de que o paciente fica inconsciente e à mercê de tudo aquilo que o terapeuta introduzir na sua mente. É importante também referir que, mesmo que mal utilizada, a hipnose é relativamente inócua, é ineficaz e não provoca quaisquer danos, na medida
em que não produz qualquer efeito.

 

É importante salientar que o paciente, sob hipnose, não deixa de estar consciente não sendo possível incutir-lhe qualquer sugestão contra a sua vontade ou que contrarie os seus valores e princípios. Aliás, é possível ao paciente interromper uma sessão de hipnose bastando para tal abrir os olhos, ainda que com alguma dificuldade, retornando a um perfeito estado de alerta.
Há pacientes que relatam as suas sessões de hipnose como tendo uma sensação de sono ou chegando mesmo a dormir, mas tendo sempre a memória da voz do terapeuta e, na maioria das vezes, a perfeita lembrança de todos os momentos da sessão. Independentemente da sensibilidade e reações de cada um, é o paciente que tem o verdadeira controlo do processo de auto-hipnose,
apenas aceitando as sugestões que se adaptem às suas necessidades e à sua vontade.
Todos nós passamos por diferentes estados ampliados de consciência ao longo do dia, quando assistimos a um filme, ao lermos um livro e nos desligamos de tudo o que nos rodeia, ao ouvirmos musica, ao viajarmos de carro em “modo automático”, etc.
Considero que a hipnose precisa de ser desmistificada, havendo ainda um longo caminho a percorrer nesse sentido, a hipnose não é magia, nem encantamento nem a solução para todos os problemas num abrir e fechar de olhos.

 

Quando questionamos até onde pode ir a hipnose a resposta é ainda uma incógnita, não se conhecendo ainda verdadeiramente os limites da mente humana a hipnose haverá que evoluir e acompanhar esse conhecimento, pelo que é uma técnica com um potencial enorme.


É neste contexto que surge a chamada Hipnose Transpessoal, que atua nos vários níveis de consciência, permitindo ao paciente o contacto com a sua verdadeira identidade. A visão da hipnose transpessoal, é a de um todo integrado e em harmonia, permitindo ao paciente trabalhar em si e na sua essência, alcançando níveis de bem estar e de saúde psicológica impossíveis de alcançar com os métodos convencionais da psicologia comportamental, cognitiva, psicanalítica ou até humanista.
Como muito bem define um dos criadores da Psicologia Transpessoal, esta tem como objeto de estudo os estados de consciência que transcendem a pessoa além do conceito do ego. Pode afirmar-se que pesquisa, num nível científico, a espiritualidade, com os diversos significados que esta assume para cada indivíduo e os diferentes caminhos para a viver, ou até mesmo a sua
ausência.
Importa salientar que a Psicologia Transpessoal não tem nada a ver com religião, nem com “parapsicologia”, apesar de estudar e investigar estes aspectos da experiência individual quando tal se revela necessário e eficaz no processo terapêutico.






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HIPNOTERAPIA TRANSPESSOAL E REGRESSIVA